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On the seashore of endless worlds: culpa, repressão e liberdade

Um ser culpado é um ser aprisionado pois falta-lhe a única coisa capaz de o fazer voar:
confiança em si próprio.
A culpa é, essencialmente, a desconfiança e repressão do próprio, pelo próprio.
Ou seja, se eu me considerar responsável por algo, posso tentar melhorar, acrescentar algo que não via bem. Neste caso, da responsabilização, trata-se de crescer. Mas quanto me sinto culpado, trata-se de eliminar, eliminar um «mal» que existe em mim, que é preciso «cortar pela raiz». O mal do sexo, da «greed», do poder, etc. Todos estes males, culpas, são como uma cruz, que nos põem para baixo. Impedem-nos de crescer pois põem a culpa em nós mesmos (sou «eu» que é preciso destruir).
E, sem forças para nos erguermos, acabamos por nos agarrar às «muletas» do exterior, que nos dizem como devemos ser, o que pensar, etc.
É claro que não podemos ser cegos, mas digo-vos eu, a vossa muleta do dia de hoje (^_^)
É PRECISO SER LIVRE...
Que isto seja um lema, e portanto uma nova prisão, ou então...
Vê, lá dentro, o que há!!
Talvez uma ideia, talvez um medo, um pequeno morcego querendo voar!!
O que quer que seja... e se o deixássemos crescer? E se fôssemos assim, livres como o vento?
E se a nossa visão crescesse, de dentro para fora e de fora para dentro, até já não ser uma visão mas um desejo, e um desejo/paixão, criador, criatividade e expressão do que há de mais profundo no nosso ser...
O que aconteceria então?
Cairiam os sistemas de controlo e a velha moral daria lugar a uma sociedade caótica, (caótica??)
Ai que medo, muito medo, e se os leões se soltam das suas jaulas, quem irão comer?
Ai que medo, ai que medo (diz uma voz...)
p.

PS - sobre este tema
ver também: O Herói e Criatividade Pura