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“Ordinarily you simply grow old, you don't grow up. Growing old is one thing, growing up is totally different. All animals grow old: no animal, except man, can grow up. Growing old simply means you are coming closer to your death -- not much of an achievement. Growing up means you are coming to realize the deathless, the eternal which has no beginning and no end. All fear disappears. All paranoia disappears. You are not mortals.
Growing old, you are mortals. Growing up, you become immortals. You know you will be changing many houses. You will be changing many forms, but each form will be better than the past one, because you are growing, you are maturing. You deserve better forms, better bodies. And, finally, there comes a moment when you don't need any body. You can remain just pure consciousness spread all over existence. It is not a loss, it is a gain.”
(Osho, durante uma trip de ácido (tou a brincar :), em From Bondage to Freedom)


A conclusão óbvia deste excerto de Osho é que apenas os homens e os vegetais conseguem atingir o estado de iluminação (resta ainda uma dúvida saudável em relação aos minerais, mas deixarei isto para mais tarde ^_^)

Esta é a história real do que poderia ser uma flor a caminho da iluminação, uma espécie de experiência gestalt que pode ser comprovada simplesmente olhando para muitas flores, ou para uma única flor (pois o seu aroma depende do meu nariz):

1. As minhas folhas crescem e ficam mais velhas, o sol queima-me, a terra está enxuta. Vivo com sacrifício, quem me dera não viver, ou viver noutro lugar. A noite é longa e o dia é curto, e há muitos cães por aqui…

2. Ligo o céu e a terra, transporto, de um para o outro, os bens essenciais à criação de algo novo e único no mundo. Sou ponte entre duas paisagens de cor tão diferente, e a minha respiração é a vida de que se alimentam os animais e os homens que caminham sobre este planeta. Sou terra e luz, um misto de paisagens, e o odor que sai de mim é como um filho de dois seres tão diferentes, mas que se amam, gloriosamente.

3. Como flor, vivo neste momento e me relaciono com o universo; da minha seiva, do meu ar, se alimentam bestas e semi-deuses; dos meus caules, que respiram a terra, alimento-me de cadáveres cristalizados, que transformo, à luz do Sol, para gáudio de toda a Criação. Em mim se realizam todos os céus e todos os infernos, na minha própria vida, na minha morte, na minha maturação, está escrita a lápis de ouro, toda a história do universo. Sou uma em incontáveis milhões de seres, que vêm do nada para o nada, vogando no nada dos prazeres. Estou Aqui, presente, feliz, completa e plena, sou uma Flor, iluminada pelo sol, cantando a lua, iluminando as estrelas. Em mim todo o universo se reflecte e contempla, não tenho palavras para o dizer, mas quem me olha e toca, profundamente, absorve este sabor de uma flor iluminada por dentro…